quarta-feira, março 29, 2006

A web é dos machos

É incontestável: a Internet foi feita por homens e para homens. É brincadeira de menino, ponto. De vez em quando uma ou outra moçoila ainda se aventura a fazer algo que preste, mas por mais que ela se esforce, uma mulher no comando do browser ainda é algo tão patético como uma mulher tentando colocar um carro na vaga. As "barbeiragens" e os "amassadinhos na lataria" de Fernanda Romano e Cora Rónai não me deixam mentir.

Mas elas não têm culpa. Como disse, a masculinidade da Web está em sua essência. E quando digo essência, estou me referindo a todos os tipos de pornografia possíveis e imagináveis, em doses avassaladoras e, o mais importante, de graça. Por que homens sacam mais de segurança, têm seus anti-vírus sempre atualizados, se protegem melhor de spyware e sempre descobrem sites novos? Por causa da pornografia online.

Não existe curso melhor do que a prática diária de garimpar isso na rede. O método de ensino é sensacional, similar ao dos internatos católicos que formam a elite mundial. Acertou, recebe uma fabulosa punhetinha como prêmio (no caso do internato, batida pelo padre). Errou, se fode com um vírus que faz você perder tudo (no caso do internato, a gonorréia do padre). Em poucas semanas, com muitos acertos e erros, o cara já fica adestrado vira “o mestre” da internet.

Como as fêmeas não conseguem admirar a arte da pornografia, lhes falta motivação para seguir este programa de treinamento. Por isso, na maioria das vezes, são elas que clicam nos anexos de email dizendo “fotos da Sabrina nua”. Como se as delícias online fossem assim, tão fáceis... Já que está ali, ao alcance da mão, ela não deixa a oportunidade de dar uma olhadinha nas tais “fotos” e arrumarem defeitos para fofocarem com as amigas depois. Quando menos se espera, a rede da empresa está contaminada com um vírus bizarro. Um homem raramente faz isso, porque certamente já se fudeu muito antes e aprendeu sua lição.

Mas a Internet não é só pornografia. Nela também se encontram algumas outras poucas coisas que vieram para facilitar a nossa vida. O comércio eletrônico, por exemplo. Além de ser prático, rápido e indolor, fazer compras online é algo que também funciona como aprendizado, adicionando uns pontos positivos no seu currículo e te deixando um pouco mais esperto. Mas fazer compras online é definitivamente uma atividade para homens. Você imagina uma mulher comprando um livro em apenas 5 minutos? Antes disso ela precisa rodar o shopping inteiro, entrar em umas 8 lojas, experimentar duas dúzias de vestidos, comprar uns cremes e só depois de 5 horas passar na livraria e procurar o livro que quer. Compra rápida e prática? Isso não existe no cérebro feminino.

Aliás, outra coisa que não existe no cérebro feminino é fechar a matraca. Se uma mulher está calada, das duas uma: ou está doente ou está com a boca cheia (use a imaginação). Visto isso, uma outra maravilha da Web, que são as mensagens instantâneas em texto, só cumprem perfeitamente o seu papel de praticidade para os machos. Ficar falando é chato pra caralho. O ICQ conseguiu sintetizar toda a comunicação humana em um “ping-pong” de mensagens com no máximo três palavras. Tem coisa mais cômoda do que se sociabilizar com dúzias de pessoas rapidinho e sem precisar gastar uma gota de saliva? Claro que tem! Ficar invisível para todos os malas que vivem te alugando. Mas as mulheres não se adaptam a isso.

Tudo bem, vamos fazer um pouco de justiça porque afinal de contas nós as adoramos. Parece haver uma luz no fim do túnel, um cantinho da internet feito sob medida para a alma feminina: os fotologs. Canal para mostrar para as amigas o modelito que usou na última festa? O corte de cabelo novo? Os 3 quilos que perdeu para ficar um arraso naquele biquíni? Ou puro exibicionismo para levantar a auto-estima porque uma cambada de marmanjo vai ficar enchendo a sua bola nos comentários? Não importa a razão, os fotologs são “a coisa” para as garotas.

Pelo menos isso para nos dar a esperança que no futuro elas possam entender um pouco melhor a verdadeira essência da web com o bom e velho método de aprendizado do internato católico, sentindo na pele tudo quanto é acerto e erro. Acertou: conhece a alma gêmea graças aos comentários do seu fotolog e vive um belo romance. Errou: conhece a alma gêmea graças aos comentários do seu fotolog e, no final traumático do belo romance, vê o cara montar um fotolog só com aquelas “fotinhas de brincadeiras no motel que ele prometeu que ia apagar da câmera”. Assim, com certeza, elas aprendem com a lição.

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